sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Percepção dos Sons

 Realizamos vários questionamentos em relação ao método da Pamela, por ele não ser contextualizado, parecia que estávamos retrocedendo ao oferecer uma forma "mecânica" de reeducação. Ela ressaltou que havia três maneiras de alfabetizar:
1.    Método Fônico
2.    Méodo Global
3.    Método Linguístico estruturado
   Pamela Kvilekval disse que na Itália e EUA utilizaram o método global e foi catastrófico. Pararam. Este programa começou como terapêutico e começou com a verificação de como era realizada a identificação dos sons, de como as crianças emitiam o som, reconheciam e elaboravam o som ao ler uma determinada palavra. Em 1968 Pamela viu uma demonstração desse método, retornou para Andover e juntamente com Dr. Grimes pesquisaram e observaram que essa forma era o que a criança disléxica precisava. Portanto, eles necessitavam de um método estruturado e que trabalhasse com a consciência fonológica, surgindo a Panlexia,
    A criança com déficit perceptivo necessita sentir a diferença do som no seu corpo, como faz a sua boca, com a língua, com sua mão... Pamela solicita inclusive, que seja utilizado o espelho nas sessões de reeducação para facilitar a criança a desenvolver melhor sua percepção e o reconhecimento de como ela emite os sons. Pamela trabalha com a decodificação, com a soletração e a percepção de como são emitidos os sons que compõe as palavras. 
  Qual é o som que para pronunciá-lo fecha a boca? Como é a posição da língua em tal som... Pamela ressaltou que temos que oferecer às crianças uma grande quantidade de exercícios para elas praticarem. Para que elas pratiquem muito e se auto-desafiem.
  Primeiro trabalha-se com os sons bem diferentes para só depois passar para os similares porque estes podem ser confundidos. Ela orientou que pode-se dizer, por exemplo “d” – a língua toca em todo o céu da boca. A criança precisa ver onde a língua está, perceber o movimento realizado e reconhecer as diferenças fonéticas. O “r” também toca a língua no céu da boca. Então pergunta-se: qual é o som que vibra ao pronunciar “r” e  “d” ? Igual? Diferente? Qual produz mais ar”? Assim, a criança vai percebendo, vai tomando consciência de como ela articula os sons. seguindo o roteiro das atividades que Pamela propõe, de forma estruturada, oferecendo naquela sequência ela percebeu que as crianças aprendem mais rapidamente.
São oferecidos exercícios que seguem uma estrutura com palavras conhecidas e pseudopalavras que as crianças apresentam dificuldades em lê-las (segundo a sua experiência). Em seguida oferece-se uma frase para ser lida. No ditado sempre a criança tem de repetir a palavra ouvida para perceber como ela está falando, para posteriormente escrevê-la. Palavras e frase curtas.
    Para Pamela, a criança que consegue decodificar qualquer sílaba consegue ser uma boa leitora. A criança que não consegue ler essas sílabas sem sentido não vai conseguir decodificar as palavras que contém essas sílabas no momento da leitura. Pamela citou que a bula de remédio é um bom exemplo para mostrar que a pessoa sendo uma boa leitora, mesmo que não tenha sentido para ela aquilo que está escrito, ela consegue ler. Não que ela tenha entendido o conteúdo da bula, mas ela leu a bula. 
      O método da Pamela é um programa utilizado para as crianças que apresentam dificuldades específicas. Segundo as suas pesquisas, é necessário realizar as conexões para que as crianças possam transpor esse obstáculo que as impedem de ler e comecem a ter sucesso, aumentando seu rendimento.
     No início da aplicação do método fui um tanto cética, porém segui à risca, conforme todas suas orientações e tudo que preconizava o método. Depois de aplicá-lo em um bom número de clientes e verificar a rapidez com que eles começavam a realizar a leitura com tanta facilidade, comecei a acreditar na eficiência da Panlexia e muitas crianças se beneficiar e pararam de sofrer diante das suas limitações. Há soluções remediativas. O método funciona!

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