segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Panlexia e a função social da escrita

     Tenho uma reflexão a compartilhar sobre a função social da escrita e o método da Pamela Kvilekval. Na época da formação para os multiplicadores do método, muitos questionamentos foram realizados sobre a concepção de um método de estruturação linguística e a função social da escrita.
     Para Vygotsky devemos "ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita das letras". Será que se ele olhasse o método da Pamela ele teria uma síncope? Ela ensina as letras e como elas são articuladas. 
     Cagliari (1989) condena a escola apontando-a como responsável pela perda da capacidade de organização de elementos para a linguagem porque a escola ensina o português tendo por base a escrita ortográfica. 
     Ele também condena o ensino das famílias silábicas, a associação de letras para a composição de palavras e frases afirmando que esse tipo de aprendizagem não garante a aprendizagem da leitura e da escrita. 
    A base do método da Pamela seria fazer ao individuo entender e tomar consciência de como o fonema é produzido e escrito, de forma estruturada. Os resultados do método da Pamela mostram que é garantida essa aprendizagem, inclusive nos estudos do Dr. Jesse Williams Grimes que desenvolveu o programa com alunos das escolas públicas de Newton. 
      Esse método não ensina as famílias silábicas, é um programa de linguística estruturada que mantém uma sequência na apresentação das palavras e pseudopalavras apresentadas.
     Sabe-se que é de extrema importância a compreensão de como é o funcionamento da língua e o seu uso no meio social e não apenas a decifração do código. Pamela nos disse que comprovou cientificamente o sucesso da sua metodologia porque realizavam a ressonância antes e depois da aplicação do seu método. 

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